A holding Fininvest, dona do Milan, negou nesta quarta-feira que o clube será vendido para ajudar a pagar uma multa de 750 milhões de euros (R$ 1,947 bilhão) aplicada ao primeiro-ministro da Itália e proprietário do grupo, Silvio Berlusconi. As informações são da Agência Ansa.
"Em relação às repetidas indiscrições da imprensa, a Fininvest se vê, novamente, obrigada a desmentir, de modo mais peremptório e absoluto, que exista alguma hipótese de venda, mesmo parcial, das cotas da sociedade A.C. Milan", anunciou a holding em uma nota.
Alguns veículos de comunicação da Itália, como o jornal Gazzetta dello Sport, publicaram na terça que o clube poderia ser vendido ao magnata albanês Rezart Taçi, que também confirmou a intenção de compra.
"Estou pronto para assumir o Milan", disse o empresário, em uma entrevista publicada pelo jornal Guerin Sportivo. "Não acredito que Berlusconi queira se privar do clube, mas se assim fosse, estaríamos muito interessados em adquiri-lo".
A venda do Milan já foi cogitada em outras ocasiões devido a dificuldades financeiras enfrentada pela sociedade esportiva. Desta vez, no entanto, a concretização do negócio serviria para arrecadar fundos para pagar uma indenização de 750 milhões de euros imposta ao premier pela justiça de Milão.
O Tribunal Civil de Milão chegou à conclusão de que Berlusconi causou danos ao conglomerado CIR, do empresário Carlo De Benedetti, na década de 1990, em uma disputa para comprar o grupo editorial Mondadori.
De acordo com fontes locais, a avaliação de mercado do Milan é inferior a 700 milhões de euros (R$ 1,817 bilhão). O patrimônio neto atribuído ao primeiro-ministro no grupo Fininvest, que é presidido por sua filha, Marina Berlusconi, é de 1,6 bilhão de euros (R$ 4,1 bilhões), montante que não inclui o time italiano.
Anteriormente, especulava-se a possibilidade de o clube ser vendido para o presidente da Líbia, Muammar Kadafi, o que foi desmentido pela Fininvest. Também foi cogitada a venda para um grupo financeiro dos Emirados Árabes Unidos
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