Os torcedores do Los Angeles Galaxy se sentem "traídos" pelo meio-campo inglês David Beckham, que reafirmou seu desejo de ficar no Milan, provocando o descontentamento dos próprios diretores do clube americano.
Beckham reiterou no domingo passado sua intenção de continuar na Itália, e isso gerou ainda mais descontentamento nos torcedores do Galaxy, que entendem que o astro inglês cumpriria somente forçado seu contrato com o clube da Major League Soccer (MLS).
Quando foi apresentado no LA Galaxy, em julho de 2007, Beckham disse que tinha como objetivo transformar o futebol em um esporte tão popular quanto o beisebol ou o basquete nos Estados Unidos.
Este também era o objetivo do clube americano, que paga US$ 6,5 milhões por temporada ao jogador, mas que não se cumpriu e parece que nunca vai se tornar realidade, pelo menos com a contribuição de Beckham.
O futuro do meia inglês depende do valor que o Milan está disposto a pagar para contratá-lo junto ao LA Galaxy, e sua permanência na Itália pode evitar a constrangedora rejeição que terá de encarar nos EUA.
A opinião generalizada dentro da MLS é de que Beckham não se transferiu ao clube californiano para promover o futebol, mas para promover a si mesmo e especialmente sua esposa, Victoria, em Hollywood, o que era um grande sonho do casal.
Em Milão, o próprio Beckham admitiu que seria muito difícil voltar a Los Angeles, após seu bom momento no futebol italiano.
"Espero que tudo ocorra da melhor maneira possível, mas não está em minhas mãos continuar no Milan. Se tiver de voltar aos EUA voltarei, porque sou profissional", afirmou.
Os torcedores do Galaxy, que nas duas temporadas de Beckham no futebol dos EUA sofreram ao ver o time na lanterna da MLS, também não querem mais que o astro inglês volte apenas por "obrigação".
A torcida do clube entende que o verdadeiro objetivo de Beckham ao se transferir para os Estados Unidos era fazer parte do mundo de Hollywood, como ficou demonstrado quando comprou uma mansão de US$ 22 milhões em Beverly Hills e passou a ter Tom Cruise como vizinho.
Além disso, os torcedores nunca viram uma grande atuação do astro inglês, que em duas temporadas no futebol dos EUA marcou apenas cinco gols.
Os diretores do LA Galaxy também tiveram de encarar essa realidade, e são conscientes de que um retorno de Beckham à força não é a melhor opção para o futuro da equipe.
No entanto, os americanos não estão dispostos a permitir que o jogador permaneça na Itália por apenas US$ 3 milhões, como é o desejo da diretoria do Milan
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